6 de jun. de 2015

A CULTURA DO DESCARTÁVEL

Hoje vivemos em uma sociedade em que se prática a cultura do descartável. O que venha a ser isso? Como isso vem prejudicando a vida das pessoas no dia a dia? 
Essa prática se dar de duas maneiras diferentes, ou seja, conscientemente ou inconscientemente. 

Quando se trata de objetos ou coisas, isso se dar de maneira consciente. O mercado é que dita as regras. Quanto mais às pessoas compram mais dinheiro, que é a mola compulsória do mercado, entra nas empresas e ai vem o lucro no final do mês. 

Sendo assim, os produtos são fabricados para durarem por um tempo pré-determinado. Outra estratégia encontrada pelo o mercado para atrair mais clientes é acrescentando algumas novidades (itens) a esses produtos para chamar a atenção das pessoas, ou oferece promoções. Até ai não há nada de anormal, se essa cultura do descartável não viesse até influência nas vidas das pessoas como um todo. 

Vivemos num mundo capitalista e numa cultura de consumismo tão grande que a pessoa humana é deixada em segundo plano. 

As notícias são descartáveis, as músicas são descartáveis. O que era novidade hoje, amanhã já é ultrapassado, velho e não serve mais. Tudo parece ser descartável, os objetos, as pessoas, as relações, a vida.

Quando essa cultura do descartável esta ligada as pessoas o problema parece ser bem mais grave, já que muitas vezes se dar de maneira até mesmo inconsciente. Até o Papa Francisco se mostrou muito preocupado pelo rumo que o mundo esta tomando. Coisas descartáveis até se aceita, mas pessoas, vida, relacionamentos, descartáveis jamais devemos aceita. 

"Nós estamos vivendo um momento de crises; vemos isso no ambiente, mas, sobretudo, no homem. A pessoa humana está em perigo: isto é certo, a pessoa humana hoje está em perigo, eis a urgência da ecologia humana! E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia. A Igreja destacou isso muitas vezes; e muitos dizem: sim, é certo, é verdade… mas o sistema continua como antes, porque aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de uma finança carentes de ética. Aquilo que comanda hoje não é o homem, é o dinheiro, o dinheiro, o dinheiro comanda. E Deus nosso Pai deu a tarefa de cuidar da terra não ao dinheiro, mas a nós: aos homens e mulheres, nós temos esta tarefa! Em vez disso, homens e mulheres sacrificam-se aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por entrar na normalidade. Se em uma noite de inverno, aqui próximo na rua Ottaviano, por exemplo, morre uma pessoa, isto não é notícia. Se em tantas partes do mundo há crianças que não têm o que comer, isto não é notícia, parece normal. Não pode ser assim! No entanto essas coisas entram na normalidade: que algumas pessoas sem teto morram de frio pelas ruas não é notícia. Ao contrário, a queda de dez pontos na bolsa de valores de uma cidade constitui uma tragédia. Um que morre não é uma notícia, mas se caem dez pontos na bolsa é uma tragédia! Assim as pessoas são descartadas, como se fossem resíduos."

A cultura do descartável descarta tudo, inclusive as pessoas.
Esta “cultura do descartável” tende a se transformar mentalidade comum, que contagia todos. A vida humana, as pessoas não são mais consideradas como valor primário a respeitar e cuidar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve ainda – como o nascituro – ou não serve mais – como o idoso. ( Praça de São Pedro, 5 de junho de 2013)

Ele  chega a afirma de que o homem esta em perigo. As pessoas vivem hoje cada uma preocupadas com o próprio umbigo. São pessoas egocêntricas, narcisistas, e cada uma procurando salvar a própria pele, como se outro não existisse ou não fizessem parte de nossas vidas.    

As palavras do Papa Francisco nos leva a refletir para um problema muito sério em que passa o mundo e o perigo do descartável, principalmente nas relações humana.


Nenhum comentário:

Postar um comentário