Hoje vivemos em uma sociedade em
que se prática a cultura do descartável. O que venha a ser isso? Como isso vem
prejudicando a vida das pessoas no dia a dia?
Essa prática se dar de duas
maneiras diferentes, ou seja, conscientemente ou inconscientemente.
Quando se trata de objetos ou
coisas, isso se dar de maneira consciente. O mercado é que dita as regras.
Quanto mais às pessoas compram mais dinheiro, que é a mola compulsória
do mercado, entra nas empresas e ai vem o lucro no final do mês.
Sendo assim, os produtos são
fabricados para durarem por um tempo pré-determinado. Outra estratégia
encontrada pelo o mercado para atrair mais clientes é acrescentando algumas
novidades (itens) a esses produtos para chamar a atenção das pessoas, ou oferece
promoções. Até ai não há nada de anormal, se essa cultura do descartável
não viesse até influência nas vidas das pessoas como um todo.
Vivemos num mundo capitalista e
numa cultura de consumismo tão grande que a pessoa humana é deixada em segundo
plano.
As notícias são descartáveis, as
músicas são descartáveis. O que era novidade hoje, amanhã já é ultrapassado,
velho e não serve mais. Tudo parece ser descartável, os objetos, as
pessoas, as relações, a vida.
Quando essa cultura do
descartável esta ligada as pessoas o problema parece ser bem mais grave, já que
muitas vezes se dar de maneira até mesmo inconsciente. Até o Papa Francisco se mostrou muito preocupado pelo rumo que o mundo esta tomando.
Coisas descartáveis até se aceita, mas pessoas, vida, relacionamentos,
descartáveis jamais devemos aceita.
"Nós estamos vivendo um momento de crises; vemos isso no ambiente, mas,
sobretudo, no homem. A pessoa humana está em perigo: isto é certo, a pessoa
humana hoje está em perigo, eis a urgência da ecologia humana! E o perigo é
grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente
uma questão de economia, mas de ética e de antropologia. A Igreja destacou isso
muitas vezes; e muitos dizem: sim, é certo, é verdade… mas o sistema continua
como antes, porque aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de uma
finança carentes de ética. Aquilo que comanda hoje não é o homem, é o dinheiro,
o dinheiro, o dinheiro comanda. E Deus nosso Pai deu a tarefa de cuidar da
terra não ao dinheiro, mas a nós: aos homens e mulheres, nós temos esta tarefa!
Em vez disso, homens e mulheres sacrificam-se aos ídolos do lucro e do consumo:
é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra é uma tragédia, mas a
pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por entrar na
normalidade. Se em uma noite de inverno, aqui próximo na rua Ottaviano, por
exemplo, morre uma pessoa, isto não é notícia. Se em tantas partes do mundo há
crianças que não têm o que comer, isto não é notícia, parece normal. Não pode
ser assim! No entanto essas coisas entram na normalidade: que algumas pessoas
sem teto morram de frio pelas ruas não é notícia. Ao contrário, a queda de dez
pontos na bolsa de valores de uma cidade constitui uma tragédia. Um que morre
não é uma notícia, mas se caem dez pontos na bolsa é uma tragédia! Assim as
pessoas são descartadas, como se fossem resíduos."
A cultura do descartável descarta
tudo, inclusive as pessoas.
Esta “cultura do descartável”
tende a se transformar mentalidade comum, que contagia todos. A vida humana, as
pessoas não são mais consideradas como valor primário a respeitar e cuidar,
especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve ainda – como o nascituro –
ou não serve mais – como o idoso. ( Praça de São Pedro, 5 de junho de 2013)
Ele chega a afirma de que o homem esta em perigo. As pessoas vivem hoje cada uma preocupadas com o próprio umbigo. São pessoas egocêntricas, narcisistas, e cada uma procurando salvar a própria pele, como se outro não existisse ou não fizessem parte de nossas vidas.
Ele chega a afirma de que o homem esta em perigo. As pessoas vivem hoje cada uma preocupadas com o próprio umbigo. São pessoas egocêntricas, narcisistas, e cada uma procurando salvar a própria pele, como se outro não existisse ou não fizessem parte de nossas vidas.
As palavras do Papa Francisco nos
leva a refletir para um problema muito sério em que passa o mundo e o perigo do
descartável, principalmente nas relações humana.
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